3.3.09

Ele disse: 'Olá. Eu sou o Adão. Dou-te um pedaçinho da minha costela e, se quiseres, uma fugaz ilusão de livre-arbítrio, enquanto te agarro na mão e te esvazio dessa tua incómoda mania de pensar ideias tuas. Serás minha companheira e poderás admirar os meus triunfos, celebrar comigo, rir com a caça à felicidade quando eu a declarar aberta. Serei gentil contigo, ainda que sintas em ti o vazio da comunhão virada do avesso. Terei sempre tempo para ti, enquanto me admirares.'
Ela pegou na maçã, trincou-a e disse: 'Vai à merda, parvalhão.'