Agora compreendo-te.
Percebo a tua razão. Só não era minha porque em vez de aprendizagem
escolhi evasão.
Que é quase o mesmo que o recreio da tua aprendizagem.
E com o curso natural das coisas mal se nota a diferença.
Mas há diferença, sim.
Há-me a mim.
Onde é que isso estava?
Não, o mundo não é como eu pensava e
de cada vez que pensar ele pode ser diferente.
Algum deles há-de ser mais simpático que o outro
e o critério de desempate é sentido que faz (ou não faz).
Onde fizer mais sentido, bate o pé.
Menina feia. Menina linda. Menina.
Sim, tens razão. E eu admiro-te, porque cresces sempre mais depressa do que eu.
Quando chego, já tu lá estiveste antes de mim. Voltas atrás para me lançar um olhar reprovador,
fazes-me sentir tão errada, como sempre,
fora do compasso, fora de horas,
demasiado perto, demasiado longe,
nada.
Demasiado tua.
Quem te pediu, menino?
Menino mau. Menino bom. Lobo. Lobo Mau. Raposa. Principezinho.
Não estrangules a flor, que é isso então?
É assim que és responsável pelo que cativas?
*
A responsabilidade é só aprendizagem.
No recreio, vamos apertar as mãos e fazer as pazes.
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