23.1.06

I don't suppose you know what's going on...
I don't.
Right. So supposing that you care would probably be way out of line.
Probably.
And asking you to do so?
Maybe.
Maybe? Is that supposed to be conclusive?
As conclusive as conclusive should be.
And if I say please?
Well that would prove your politeness,
but it wouldn't take you very far.
What would?
Not asking at all.
But not asking at all would take me nowhere... asking might...
Or may not.
Maybe.
Maybe not.
Do you realize I gave up my hopes (probably even my dreams)
for something real and eventually condemned to failure?
So you knew it was condemned
from the beginning.
Why so surprised?
I guess I didn't expect it to fail long before it started...
(Dinner is on the table!!!)
So is life.

18.1.06


"
Music
is
essentially
useless
,
as
life
is
.
"
George Santayna

17.1.06

Não-importa-quem, menos ainda importa onde, pousou os olhos num relógio sem ponteiros que numa metade do dia, ninguém sabe qual, acusou a não-mais-existência do tempo. Despiu lentamente o casaco sem avesso, sem bolsos e sem gola, soprou as teias de aranha que o enfeitavam desde sempre, desde ontem - quando o tinha comprado com o dinheiro que não tinha encontrado nos bolsos inexistentes do casaco que ainda não era seu. Fechou os olhos enquanto se despedia daquele velho amigo que o vento arrastava ferozmente para um longe mesmo ali ao lado, enquanto a brisa suave de uma tarde (que podia também ser dia ou noite) de primavera-outono-inverno-verão os abraçava distraidamente. Não-importa-quem tinha ouvido um outro não importa quem dizer que "as pessoas não gostam do Inverno, gostam antes de se proteger dele". Não-importa-quem recusava-se a acreditar nas verdades que toda a gente e ninguém fazia questão de gritar aos quatro ventos - que na realidade deviam ser mais ainda (quase de certeza menos). Por isso se despedia agora daquele inimigo protector, da mesma forma que deixara os ventos de número indefinido e o tempo de precisão inalcançável arrastar para um perto a quilómetros de distância todos os que não importavam, mas importavam mais que qualquer outra coisa, porque nenhuma coisa importava realmente. Toda a gente e ninguém chamava-lhes "amigos", mas Não-importa-quem não se importava. Não queria dar nomes a não-importa-quens. Preferia dar nomes a não-importa-quês... àqueles não-importa-quês que caíam das nuvens... as pequenas (enormes) gotas de chuva que agarrava nas mãos frágeis e que logo se quebravam com o peso da água. Não-importa-quem erguia a face para o céu, para sentir a brancura de mil flocos de neve derreter na ponta do seu nariz, colar-se às suas pestanas e encharcar os fios de cabelo que repousavam sobre os ombros, livres do peso do casaco sem avesso, sem bolsos e sem gola. Não-importa-quem sentia os dedos dos pés congelar com o calor do Sol que acabava de acordar, naquela bela manhã/tarde/noite de verão-primavera-inverno-outono, às tantas horas, horas que ninguém sabe, que ninguém pergunta porque todos os relógios estão avariados e a funcionar na perfeição. Não-importa-quem não se protege do frio. Não-importa-quem quer senti-lo, deixar que ele percorra a sua pele, que a desfaça suavemente até chegar bem perto da pobre alma pintada de prata, que se esqueceu de como é ser ingrata... e de sentir, também.

13.1.06

"
Please be philosophical
Please be tapped into your femininity
Please be able to take the wheel from me
Please be crazy and curious

Papa love your princess so that she will find loving princes familiar
Papa cry for your princess so that she will find gentle princes familiar

Please be a sexaholic
Please be unpredictably miserable
Please be self absorbed much (not the good kind)
Please be addicted to some substance

Papa listen to your princess so that she will find attentive princes familiar
Papa hear your princess so that she will find curious princes familiar

Please be the jerk of my knee I've fit you always
You finish my sentences I think I love you
What is your name again?!
No matter i'm guessing your thoughts again correctly and I love the way you press my
buttons so much sometimes I could strangle you

Papa laugh with your princess so that she will find funny princes familiar
Papa respect your princess so that she will find respectful princes familiar

Please be strangely enigmatic
Please be just like my...
"
Princes Familiar, Alanis Morissete

10.1.06



"Ler por fora é fácil e vão. Por dentro das coisas é que as coisas são".
Escrevo. Muito. Tanto! Demasiado? Não. Sim. Talvez. Porquê?
Não faças perguntas.
Não fales. Fala em silêncio.
Fala em silêncio enquanto eu escrevo sem palavras, escrevo. Muito. Tanto! Nunca demasiado...
Escrevo abandonada à companhia da minha glossolalia e do teu olhar que me persegue à distância da presença.
Escrevo por sinais, por claves e colcheias, por suspiros e teias de aranha...
Escrevo por tudo e por nada, apenas para ficar acordada, para morrer de sono a seguir.
Não fales. Escreve.

Deixa-me ler nos teus pensamentos (mera projecção dos meus).
Senta-te a meu lado
e
deixa que me abraçe a pobreza das tuas palavras, a riqueza do teu silêncio...
Não faças.
Barulho.
Escreve. Eu escrevo. Tu escreves. Ele não interessa.
Se é que interessa alguma coisa, é o teu "eu" e o meu...
Não, não somos nós.
Tu. Eu.
Eu. Tu.
Nós não escrevemos. Ainda que eu agarre na tua mão para escrever com a minha.
Eu escrevo. E tu também. Sozinhos. Porque o perto é demasiado distante.



Mas não te vás embora.
Não suporto a tua proximidade.
Mas sinto a falta da tua incómoda presença.
Diz que não me deixas sozinha...
perturba o silêncio só para dizeres que não o perturbarás nunca mais...
Fica mais um bocadinho longe de mim.
É o meu silêncio que to implora e te manda embora logo a seguir.
Fica até o infinito acabar...
(mas só se partires antes que ele possa começar)


Não, não quero que me apertes nos teus braços,
nem que me percas nos dóceis traços do amor ou de outra coisa qualquer...
Deixa-me morar no desenlace do teu abraço, respirar o aroma do cansaço
e ser tua, sem nunca ser...
Deixa-me voar. Voa comigo. Deixa-me encontrar em ti um amigo e não uma prisão de cordel...
Não perguntes.
Não fales.
Escreve.
Na minha doce imaginação de papel... (e chocolate)

6.1.06

I was born to do it... (I know it)


But I'm so damn terrified of actually doing it...
Seems easy to you, (I know) to me too...
So simple...
Just let go...
Get up there and do what you gotta do.
Don't say you can't
Just sing, what's the big deal?
Why can't you just do it...
Don't you love it or something like that?
Totally.
Completely.
Absolutely.
I want my security blanket =)

4.1.06

Romance is dead.
Long live romance.
(stop)