30.1.09

You know what I do to keep myself happy?

Even when it's raining, I pretend it is summer. And I pretend I'm still very little. But focused. I do know what I want. But when it's summer I feel like - in case I don't get it - I'll be just fine. I have the sun/The warm wind on my face/The bare feet to walk on.

Maybe I'm walking in circles.

Maybe we are walking in circles, like a dance.

Dancing is always in circles.

Still when you think you've missed me, I may just be right behind you, scared to death that you may find me and yet, fascinated by whatever fabric you're made of.

What are you made of? Be my tour guide to your presence, will you?

Tell me your stories. What you're afraid of. What makes you laugh. Where it hurts the most when you choose to be who you are and what you've been through. Maybe I'll tell you a little bit about myself too. Or maybe you could figure it out. If we were little it would be so easy for us to get to know each other. If we could start over, we wouldn't be so worried about the thousand possible ways we can ruin ourselves if we decide to hold hands. When we held hands to play, there were no doubts, no expectations. Now the waiting and the wondering is murdering initiative. And everything else around just makes us not know how to smile.

There was this day when you looked at me like you wanted to take me home with you. I could swear that in an alternative universe you did come back and say it outloud, but I'm not sure I followed you. At that moment, in my mind I did, but home was right there - where you were standing. Home was you. You held my hand and took me to you. And in my mind I did acquiesce.

Whatareyoumadeof?

I'm tired of seeing only myself in everything around me. But if I take the time to see you, if you take me there, is it a one way ticket?

17.1.09


When the heart grasps what is painful, it is like being bitten by a snake. And when, through desire, it grasps what is pleasant, it is just grasping the tail of the snake. It only takes a little while longer for the head of the snake to come around and bite you.

Ajahn Chah, A Still Forest Pool

16.1.09

You breathe in such a graceful way.

You remind me of home - wherever it is.

But oh well, my emotional disengagement is a biological condition.

I change the right words for elaborate speeches that make -absolutely- no sense.

And then you're mad at me. And it bugs me a little.

Your heart is the size of your entire body while

I seem to experience shreds of emotions through the liver - 'cause, since I don't really drink, he has some free attention to give.

No heart to be found.

No idea why.

The other does the best he can, but it's not enough. It's not enough for you, or me. But again you judge it with your heart, so I guess it does you more harm than my rational speculations do to me.

Don't tell me it's a defense mecanism, and if it is, don't spit on it with your impressionable sensibility. I used to be just as impressionable or more once upon a time, but if I lost it there must have been a reason. And if I regain it, please, may it be for a good one too.

Not caring that much is so peaceful it seems to scary the life out of me.

14.1.09

Give yourself a break.

(advertising for the soul.)

4.1.09

Exercício:

'Medite sobre a ponta do seu nariz.

Feche os olhos.

Concentre a sua mente e todas as suas energias bem na ponta do seu nariz.

Esvazie a cabeça de tudo o resto.

Agora,

deixe que a ponta caia.'

"O homem deve ver que nada existe realmente, mas que tudo se está sempre a tornar e a mudar. Nada fica parado. Tudo está a nascer, a crescer e a morrer. No instante em que alguma coisa atinge o seu auge, começa a decair. A lei do ritmo está em funcionamento constante. Não existe a realidade. Não há uma qualidade duradoura, fixidez ou substancialidade em nada. Nada é permanente, a não ser a mudança. O homem deve ver todas as coisas como evoluindo de outras e levando-as a outras coisas, uma acção ou reacção constante, fluxo ou refluxo, e construindo ou demolindo, criação ou destruição, nascimento, crescimento e morte. Nada é real, e nada resiste a não ser a mudança."

A Cabala

2.1.09

Silêncio.
Colchões, almofadas, sapatos debaixo da cama,
envelopes por estrear - cheios dele.
Um ar incómodo e vazio de palavras a fazer cócegas na garganta imperturbada por uma qualquer vibração de conteúdo.
Dias e dias a fingir que o mundo lá fora está à espera (cá dentro) que a porta se abra outra vez,
deixe ela entrar o frio que já não é ameaça.
Nada disto faz sentido.
Mas não dizer nada é pacífico e suave para os meus ouvidos.

(silêncio)


Quero ouvir o som do mar. Mas ele está longe e a porta ainda está fechada.
Quero ir lá para fora brincar, mas a garganta ainda arranha e está a chover,
não está ninguém na rua.

Quero ser pequenina,
como sou e não me importo de ser e ninguém sabe porque não se nota assim tão facilmente.
Quero que seja Verão o ano inteiro e que eu possa alimentar-me só de água e vento.
Deixar crescer flores no meu cabelo e chamar-lhe beleza.
Adormecer nos braços de uma árvore e chamar-lhe casa.
Chamar pelo teu nome e tu vires a correr para brincar comigo.
Porque tudo é simples e estamos ainda a começar.
Tu ainda não aprendeste a ter medo e eu ainda sei chamar por ti.
Somos felizes, mesmo quando pensamos que está tudo de pernas para o ar.
Fomos nós que nos esquecemos de acompanhar o movimento do mundo.
Anda, vem dançar comigo...
Não te preocupes se pisares uma ou outra flor que caia no chão. Não vês que elas estão sempre a nascer?