22.8.08

Às vezes os aviões caem
e a culpa não é de ninguém.
Não é do motor, ele é só física e química - Natureza,
tal como o homem.

Não há culpa.
E, sem culpa, talvez também não haja morte.
Só vida que se acaba ou se transforma
noutra coisa qualquer.

Não. A Natureza não precisa de pedir desculpa.
O homem?
Isso é outra história.

(Ao sabor do vento as asas deste avião parecem feitas de papel, frágeis. Juro que quando ele aterrar, vou ficar mais feliz do que nunca por estar viva.)

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