30.5.06

That is fucking pathetic,
pardon my French.

17.5.06

For real-life romance, press 1.

15.5.06

"Once upon a year gone by she saw herself give in,
Every time she closed her eyes she saw what could have been ~
Well nothing hurts and nothing bleeds when covers tucked in tight ~
Funny when the bottom drops how she forgets to fight... to fight ~
And it's one more day in paradise, one more day in paradise...
As darkness quickly steals the light that shined within her eyes,
She slowly swallows all her fear and soothes her mind with lies.
Well all she wants and all she needs are reasons to survive ~
A day in which the sun will take her artificial light... her light ~
And it's one more day in paradise, one more day in paradise...

one last chance to feel alright..."
A song by somebody

8.5.06

Apetece-me perguntar porquê.
Não me interessa a resposta.
Se souberes, não digas.
Pouco importa.
Só quero perguntar.
Porquê.
Porquê interroga sozinho, sem pontuação, sem outra coisa qualquer.
Dispenso os artifícios. Porquê passar demasiado tempo com eles?
Porquê passar o tempo sequer? Porque não parar e deixar de existir, para existir finalmente?
Talvez. Provavelmente não.
E porquê a probabilidade, os números, as letras, os sinais, o barulho, as cores, os sabores e o tacto que nunca rasga a pele?
Porquê as camadas e a nudez disfarçada de loucura ou a loucura disfarçada de conveniência?

...

Lojas de conveniência.
Sim.
O mundo.
O mundo, sim, uma loja de conveniência.
O que somos nós então?
Perguntas pela resposta?
Não.
De todo.
Lojas de conveniência.
Viagens.
Hotéis.
Sabonetes para esconder na mala.
Espectáculos para os turistas no andar de baixo.
Sonhos por concretizar no andar de cima.
Mentiras murmuradas mentalmente, na escuridão abafadora daquelas noites de Verão que só tomaram lugar na imaginação.
Ou talvez não.
Talvez te lembres delas e perguntes porquê só porque não queres saber a resposta.

***


Os teus gritos não passam de murmúrios. Nunca serás capaz de gritar suficientemente alto.
Nunca para que te ouçam.
Tens de escolher tu um fim. Porque sabes que o porquê nunca se gasta. Nem os pontos de interrogação. E quando o fim te escolher a ti,
já nada há a fazer. Tal como agora.

7.5.06

Vazia (ou cheia de nada)?

6.5.06

Os dias, os meses, os anos... passam.
O que guardamos deles, guardamos para nós.
Não partilhamos com alguém porque "ninguém dá nada a ninguém". E quem quer comprar memórias alheias quando tem as suas? Talvez pudéssemos trocar as de que não gostamos por pedaços gastos de momentos que fizeram sorrir desconhecidos. Será por isso que ouvimos as suas histórias contra a (nossa?) vontade? Deixamo-nos ficar ali, inertes na nossa impaciência gritante, quietude hipócrita de quem tem tudo por fazer, mas nem sabe por onde começar.


Inverte os ponteiros do relógio. Depois descobre que "inverte" é uma palavra demasiado vulgar para o requinte dos teus pensamentos. E requinte é quase tão mau, se não pior. Apaga tudo e vai dormir. Pelo menos já escreveste qualquer coisa. E mais uma vez percebeste que o silêncio é o discurso de quem tem tudo para dizer.